quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Evanice

Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE

Trata-se de um plano estratégico, em que se define a natureza da escola, a sua missão, visão, valores, finalidades e objetivos gerais, estratégias de atuação, além de seu plano de melhoria organizacional, para promover a realização do Projeto Político- Pedagógico.

A estruturação do PDE considera: a visão estratégica, composta de valores, visão de futuro, missão e objetivos estratégicos de desenvolvimento da escola, ii) e o plano de suporte estratégico, envolvendo estratégias, metas e planos de ação. O trabalho do diretor em orientar os professores nessa compreensão é, pois, fundamental para a qualidade do ensino.

Cuidados na orientação pelo diretor ao processo de planejar

• Conhecer com profundidade e abrangência os aspectos que envolvem e estão associados
às situações sobre as quais se pretende promover mudanças e resultados, tanto do ponto
de vista da realidade (diagnóstico) quanto do significado desses aspectos (fundamentação
teórica). llink• Definir objetivos claros, observáveis e realizáveis no período de abrangência do plano delineado,
cuidando-se para que representem resultado, mudança ou aprendizagem passível de ser promovida no contexto do tempo e condições organizadas para tal. Verificação da efetividade do planejamento. Um bom processo de planejamento resulta não apenas em um plano lógico, conexo e substancial,
capaz de promover os objetivos propostos, pela orientação clara e específica das condições e
determinações para sua implementação com efetividade. Por exemplo, no caso do projeto antes mencionado,
o objetivo pode ser: “os funcionários, professores e equipe técnico-pedagógica assumirão,
Dimensões da gestão escolar e suas competências
por iniciativa própria e de forma articulada, o encaminhamento e a resolução de imprevistos”,
ou “os professores, funcionários e equipe técnico-pedagógica definirão em conjunto estratégias
de compartilhamento de responsabilidades pela realização dos objetivos gerais da escola”.
No caso de plano de ensino e de aula, o objetivo deve sempre propor uma aprendizagem por
parte do aluno, em vista do que ele será o sujeito do processo mental proposto. A orientação para a definição dos objetivos (resultados) das ações educacionais constitui-se
em uma questão crucial para a qualidade do ensino ao definir mudanças. Sem clareza dos objetivos como resultados de aprendizagem e mudança, o que se tem em planos de ação é a organização do ativismo.
Fontes:
Planejamento de ensino.
Impactos do plano de desenvolvimento da escola na gestão do ensino
fundamental de Goiás.
Planejamento em orientação educacional. Projeto da escola cidadã. Como elaborar o plano de desenvolvimento da escola. 3.ed. Brasília:
FUNDESCOLA, 2006.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico
da escola. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo.
Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível.

Maria Regina

O conjunto dos elementos do planejamento

O que diz respeito ao conteúdo da ação, o conceito principal a ser trabalhado.
Por que se refere aos pressupostos da ação, os antecedentes da orientação para
se estabelecer uma linha de ação.

Para que diz respeito aos objetivos, as mudanças a serem alcançadas, os resultados
a serem promovidos.
Como se refere aos métodos, técnicas, procedimentos e passos das ações.
Quando se refere à especificação do tempo necessário para a realização de uma
ação e a sua cronologia.
Onde consiste nas circunstâncias de espaço.
Com quem nomeia as pessoas a serem envolvidas como agentes.
Para quem aponta o benificiário da ação.
• identificar
• analisar
• prever
• decidir
• O quê
• por quê
• para quê
• como
• quando
• onde
• com quem
• para quem
• Se quer promover
uma mudança,
realizar um objetivo
Dimensões da gestão escolar e suas competências 37
Planejar representa
• Pensar analítica e objetivamente sobre a realidade e sobre as estratégias
que possam promover a sua transformação.
• Refletir criticamente sobre a realidade educacional e tomar decisões a respeito
de ações necessárias.
• Desenvolver uma compreensão clara sobre o trabalho educacional e seu
direcionamento.
• Definir compromisso de trabalho com a promoção de mudança e melhoria.
• Explicitar tanto quanto possível os elementos necessários para fundamentar,
organizar, subsidiar e orientar as ações educacionais.
É importante reconhecer que todos esses aspectos são intensa e profundamente
interligados. Em vista disso, ao se planejar, não se deve considerar de forma isolada
cada uma das operações e os aspectos por elas abrangidos.
É importante destacar também que, dada a característica concreta de unicidade
da realidade, as separações feitas para compreendê-la correspondem a abstrações
ou artifícios cognitivos. Diga-se de passagem que qualquer fragmentação que se
promova sobre a realidade, corresponde a uma artificialização da mesma, em vista
do que se deve promover o esforço de realizar a interação dinâmica entre as operações
de identificar, analisar, prever e decidir, de modo que uma operação implica e
condiciona a outra, assim como também se deve considerar a relação entre todos
os aspectos do planejamento, de tal forma que, alterando-se qualquer um dos seus
elementos devem ser alterados os demais. Por exemplo, caso se alterem os sujeitos
a quem se destina um projeto, pode-se mudar os seus objetivos, meios de ação,
dimensão de tempo, etc.
Tipos de planejamento
De modo a abranger a complexidade e a abrangência da educação, o seu processo
se realiza mediante vários desdobramentos para a realização dos seus objetivos.
Em decorrência, o planejamento educacional tem também vários desdobramentos,
de acordo com o nível e âmbito da ação educacional realizada na escola. No
entanto, pelo princípio da unicidade, todos os planos resultantes desse processo
devem estar intimamente associados, realizando-se de forma interativa. A seguir,
são descritos os tipos de planejamento que dizem respeito à escola, cuja promoção
depende da liderança e orientação do diretor escolar.
38 Dimensões da gestão escolar e suas competências
1. Projeto Político-Pedagógico − PPP
Todos os estabelecimentos de ensino têm a incumbência de elaborar e executar sua
proposta pedagógica (Art. 12º. da Lei 9.394/ 96), também referida em outro artigo da
LDB como projeto pedagógico da escola (Art. 14º. inciso I). Alguns sistemas de ensino
adotaram a nomenclatura Projeto Político-Pedagógico para representá-lo. Independentemente
da nomenclatura diferenciada, são equivalentes naquilo que representam
e não apresentam diferenciação naquilo que explicitam. São denominações
diferenciadas para designar o mesmo sentido de estabelecer uma visão de conjunto
e direção ao processo pedagógico intencional a ser promovido na escola, mediante
a contribuição de seus professores e demais membros da comunidade escolar.

O PPP é o instrumento balizador para o fazer educacional e, por conseqüência,
expressa a prática pedagógica das escolas, dando direção à gestão e às atividades
educacionais, pela explicitação de seu marco referencial, da educação que se
deseja promover, do tipo de cidadão que se pretende formar (Gadotti e Romão,
1994). Constitui-se em um instrumento teórico-metodológico que organiza a ação
educacional do cotidiano escolar, de uma forma refletida, sistematizada e orgânica
(Vasconcellos, 1995).
É um projeto elaborado de forma participativa e colaborativa, originado no seio
da coletividade docente, funcionários, alunos e pais, que dá uma identidade à instituição
educacional. Conforme Veiga afirma (2001, p. 187), “é a configuração da
singularidade e da particularidade da instituição educativa”.

O Projeto Político-Pedagógico, ainda segundo Veiga (2001), deve: i) ser construído
a partir da realidade, explicitando seus desafios e problemas; ii) ser elaborado de
forma participativa; iii) corresponder a uma articulação e organização plena e
ampla de todos os aspectos educacionais; iv) explicitar o compromisso com a formação
do cidadão e os meios e condições para promovê-la; v) ser continuamente
revisado mediante processo contínuo de planejamento; e vi) corresponder a uma
ação articulada de todos os envolvidos com a realidade escolar.
O Projeto Político-Pedagógico, como não poderia deixar de ser, tem como foco o
aluno, a sua formação e aprendizagem e a organização do processo pedagógico
para promover essa formação e aprendizagem. Em vista disso, ele engloba o planejamento
curricular, isto é, o conjunto das experiências a serem promovidas pela
escola para promover a formação e aprendizagem dos alunos.

Elizabete

Planejar representa definir compromissos de ação...

Pelo planejamento delineia-se o sentido, os rumos,
a abrangência, as perspectivas e as especificidades das ações necessárias para o
alcance dos resultados pretendidos.

É importante ter em mente que de nada valem
as boas idéias, se não vierem se converter em ações que as ponham em prática.
Assim como não se a deve pensar em ações, sem que se considere as suas dimensões
conceituais de sentido amplo.
Contribuições objetivas do planejamento

Ao planejar e liderar o processo de planejamento, cabe ao diretor escolar promover
as condições para que o processo seja realizado de modo a contribuir, como é o
sentido do planejamento, para que se promova:
• o desenvolvimento de maior compreensão dos fundamentos e dos desdobramentos
Dimensões da gestão escolar e suas competências 35
das ações educacionais;
• a construção de um quadro abrangente e com maior clareza sobre o conjunto
dos elementos envolvidos em relação à situação sobre a qual se vai agir e sua
relação com interfaces;
• uma maior consistência e coerência entre as ações educacionais;
• uma preparação prévia para a realização das ações;
• um melhor aproveitamento do tempo e dos recursos disponíveis;
• uma concentração de esforço na direção dos resultados desejados;
• uma superação da tendência à ação reativa, improvisada, rotineira e orientada
pelo ensaio e erro;
• um controle e redução das hesitações, ações aleatórias e de ensaio e erro;
• a formação de acordos e integração de ações;
• a definição de responsabilidades pelas ações e seus resultados;
• o estabelecimento de unidade e continuidade entre operações e ações, superando-
se a fragmentação e mera justaposição destas.
Planejar é um processo de reflexão
Quem planeja, examina e analisa dados, comparando-os criteriosamente, coteja-os com
uma visão de conjunto, estuda limitações, dificuldades e identifica possibilidades de
superação das mesmas. Esse processo de análise, cotejamento, dentre outros processos
mentais, define o planejamento como um processo de reflexão diagnóstica e prospectiva
mediante o qual se pondera a realidade educacional em seus desdobramentos e se propõe
intervenções necessárias.
O planejamento será, portanto, tanto mais eficaz quanto mais cuidada for a reflexão
promovida: rigorosa, crítica, de conjunto e livre de tendências e de idéias preconcebidas.
Conforme Padilha (2001, p. 30) afirma, “o ato de planejar é sempre processo de reflexão,
de tomada de decisão sobre a ação, de previsão de necessidades e racionalização do
emprego de meios necessários para a concretização de objetivos”.
Aponta-se como sendo comum, embora limitada e negativa, a concepção, entre os educadores,
de que planejar corresponde à elaboração de um plano ou projeto, com um
valor em si mesmo. Planejar é muito mais do que isso: planos e projetos constituem-se
apenas em documentos em que registram os resultados do processo de planejamento, de
modo a não se perder a sua riqueza de detalhes e variedade de aspectos envolvidos, sua
seqüenciação, etc. Em última instância constitui um processo mental, dinâmico, continuo
e complexo, de modo a acompanhar os estágios de tomada de decisão que antecedem,
acompanham e sucedem a realização de intervenções sistematizadas e orientadas para
a consecução de resultados.
Dentre as operações mentais da reflexão que o planejamento envolve destacam-se as
de identificação, análise, previsão e decisão a respeito do quê, por quê, para quê, como,
quando, onde, com quem e para quem se quer promover uma mudança, em relação a
uma dada realidade. A Figura 3 organiza esses processos e aspectos.
36 Dimensões da gestão escolar e suas competências
Figura 5
Operações mentais envolvidas no planejamento
Fonte: Lück, Heloísa. Planejamento em orientação educacional

Maria silmara.

Planejamento e organização
do trabalho escolar

Planejar é fazer possível o necessário
Helmar Nahs, matemático alemão.
A melhor forma de viver o futuro é criá-lo.


Competências de planejamento e organização do trabalho escolar
O DIRETOR:
9. Estabelece na escola a prática do planejamento como um processo fundamental
de gestão, organização e orientação das ações em todas as áreas e segmentos
escolares, de modo a garantir a sua materialização e efetividade.
10. Orienta a elaboração de planos de ação segundo os princípios e normas do
planejamento, como instrumento de delineamento de política e estratégia
de ação.
11. Promove e lidera a elaboração participativa, do Plano de Desenvolvimento
da Escola e o seu Projeto Político-Pedagógico, com base em estudo e adequada
compreensão sobre o sentido da educação, suas finalidades, o papel
da escola, diagnóstico objetivo da realidade social e das necessidades educacionais
dos alunos e as condições educacionais para atendê-las.
12. Orienta e coordena a elaboração de planos de ensino e de aula pelos professores,
a serem adotados como instrumento norteador do processo ensino-
aprendizagem, segundo as proposições legais de educação e o Projeto
Político-Pedagógico da escola.
13. Promove o delineamento de visão, missão e valores com os participantes
da comunidade escolar e a sua tradução em planos específicos de ação, de
modo a integrá-los na organização e modo de fazer das diferentes áreas de
atuação da escola.
14. Promove a realização sistemática de diagnóstico da realidade escolar, avaliação
institucional e compreensão dos seus desafios e oportunidades, como
subsídios para a elaboração de planos de melhoria.
15. Estabelece o alinhamento entre o Projeto Político-Pedagógico, Plano de
Desenvolvimento da Escola e o Regimento Escolar e sua incorporação nas
ações educacionais.
16. Reforça e orienta a prática de planejamento em diversos níveis e âmbitos
de ação como instrumento de orientação do trabalho cotidiano, de modo a
dar-lhe unidade, organização, integração e operacionalidade.
32 Dimensões da gestão escolar e suas competências
A importância e a necessidade do planejamento em educação
Conforme indicado na unidade anterior, a ação do gestor escolar será tão ampla
ou limitada, quão ampla ou limitada for sua concepção sobre a educação, sobre
a gestão escolar e o seu papel profissional na liderança e organização da escola.
No entanto, essa concepção, por mais consistente, coerente e ampla que seja, de
pouco valerá, caso não seja colocada em prática mediante uma ação sistemática,
de sentido global, organizada, seguramente direcionada e adequadamente especificada
em seus aspectos operacionais. E essas condições somente são garantidas
mediante a adoção de uma sistemática de planejamento das ações educacionais
em todos os segmentos de trabalho da escola.
Isso porque sem planejamento, que organize e dê sentido e unidade ao trabalho,
as ações tendem a ser improvisadas, aleatórias, espontaneístas, imediatistas e
notadamente orientadas pelo ensaio e erro, condições que tantos prejuízos causam
à educação. Sem planejar, trabalha-se, mas sem direção clara e sem consistência
entre as ações. Dá-se aula, mas não se promove aprendizagens efetivas; realizam-
se reuniões, mas não se promove convergência de propósitos em torno das
questões debatidas; realiza-se avaliações, mas seus resultados não são utilizados
para melhorar os processos educacionais; enfrenta-se os problemas, mas de forma
inconsistente, reativa e sem visão de conjunto, pela falta de análise objetiva da sua
expressão e da organização das condições para superá-las.
O significado do planejamento
Planejar constitui-se em um processo imprescindível em todos os setores da atividade
educacional. É uma decorrência das condições associadas à complexidade
da educação e da necessidade de sua organização, assim como das intenções de
promover mudança de condições existentes e de produção de novas situações, de
forma consistente. O planejamento educacional surgiu como uma necessidade
e um método da administração para o enfrentamento organizado dos desafios
que demandam a intervenção humana. Cabe destacar também que, assim como
o conceito de administração evoluiu para gestão, também o planejamento como
formalidade evoluiu para instrumento dinâmico de trabalho.
Planejar a educação e a sua gestão implica em delinear e tornar clara e entendida
em seus desdobramentos, a sua intenção, os seus rumos, os seus objetivos, a sua
abrangência e as perspectivas de sua atuação, além de organizar, de forma articulada,
todos os aspectos necessários para a sua efetivação. Para tanto, o planejamento
envolve, antes de tudo, uma visão global e abrangente sobre a natureza da
Educação, da gestão escolar e suas possibilidades de ação.
Vale dizer que as finalidades, princípios e diretrizes da educação somente são promovidos,
na medida em que sejam traduzidos por ações integradas, sistemáticas,
organizadas e orientadas por objetivos detalhados, responsabilidades e competênDimensões
da gestão escolar e suas competências 33
cias estabelecidas, tempo e recursos previstos e especificados. Esse processo de
planejamento resulta em um plano de ação, cujo papel é o de servir como mapa
norteador da ação educacional, em vista do que deve estar continuamente sobre a
mesa de trabalho. Planos nas gavetas e que não são cotidianamente consultados
para a orientação das ações a serem realizadas e para o monitoramento e avaliação
das já realizadas, têm valor meramente formal (Lück, 2008).
Como vimos, o planejamento é inerente ao processo de gestão, constituindo-se na
sua primeira fase. É considerado como a mais básica, essencial e comum de suas
dimensões, uma vez que é inerente a todas as outras, já que sem planejamento
não há a possibilidade de promover os vários desdobramentos da gestão escolar,
de forma articulada.

Apesar da importância do planejamento, no entanto, há fortes indícios de que as
ações educacionais carecem de um processo de planejamento competente e apropriado
para produzir planos ou projetos com capacidade clara de orientar todos e
cada momento das ações necessárias. Observa-se haver em várias circunstâncias
do contexto educacional a desconsideração em relação à importância do planejamento
para a determinação da qualidade do ensino, pela organização do seu trabalho
com esse foco. Essa desconsideração é demonstrada quando os planos são
delineados com uma orientação formal, de que resulta, por exemplo, que o Projeto
Político-Pedagógico da Escola e o seu Plano de Desenvolvimento fiquem guardados
em gavetas ou armários, em vez de estarem na mesa do diretor, dos coordenadores
ou supervisores pedagógicos e dos professores; que até mesmo sejam desconhecidos
por profissionais que trabalham na escola; que os planos de aula sejam cópias
daqueles realizados em outras turmas e outros anos letivos, isto é, “planeja-se”, mas
não se usa o plano resultante para orientar o cotidiano do trabalho escolar (ou, na
pior das hipóteses, que esses planos nem existem, por falta de acompanhamento e
reforço por parte do diretor escolar); que os planos sejam considerados como meros
instrumentos burocráticos e não como mapas orientadores do trabalho.

Planejamento: um processo contínuo

A partir de uma visão abrangente e integradora, o planejamento contribui para
a coerência e consistência das ações, promovendo a superação do caráter aleatório,
ativista e assistemático. Como instrumento de preparação para a promoção
de objetivos, ele antecede as ações, criando uma perspectiva de futuro, mediante
a previsão e preparação das condições necessárias para promovê-lo e, acima de
tudo, a visualização, pelos seus executores, de suas responsabilidades específicas
e das competências e determinações necessárias para assumi-las adequadamente.
Embora, no entanto, o planejamento esteja associado à fase que antecede as ações,
é necessário ter em mente que deve estar também presente em todos os momentos
e fases das mesmas, constituindo-se, dessa forma, em um processo contínuo:
planeja-se antes, durante e depois das ações, pois não é possível prever antecipadamente
todas as condições de execução de planos, notadamente, das dinâmicas
sociais, como é o caso da educação.

Dimensões da gestão escolar e suas competências
Há, pois, a necessidade de, diante de imprevistos e novas condições que ocorrem
naturalmente no processo educacional, estar mentalmente preparado e bem informado
para tomar decisões de forma contínua sobre a necessidade de correção de
rumos, reorganização e reorientação de ações.
Portanto, como um plano ou projeto educacional, por mais bem delineado que seja,
não consegue prever todas as condições e situações da dinâmica educacional, não
deve ser considerado como uma camisa de força que tolha iniciativas necessárias
para fazer face a situações não previstas e emergentes; deve também prever a necessidade
de adaptações, a partir do princípio de flexibilidade. Daí porque a tomada
de decisões do processo de planejamento deve acompanhar também a implementação
dos planos delineados, seu monitoramento e avaliação. Essa característica
que exprime uma condição de sucesso ao exercício do trabalho escolar, também
demanda do diretor um posicionamento claro, porém flexível e compreensivo em
relação aos fenômenos e circunstâncias inerentes à dinâmica social.